sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A GLOBALIZAÇÃO IMAGINADA


A GLOBALIZAÇÃO IMAGINADA
García Canclini, Néstor. A Globalização Imaginada.
São Paulo: Editora Iluminuras, 2007.
Resenha dos capítulos 3 a 4 (pág. 69 a 116).

No terceiro capítulo do livro, o autor reuniu algumas análises sobre o Mercado e Interculturalidade: A América Latina entre a Europa e os Estados Unidos, fazendo observações da forma como estão estruturadas algumas narrativas das migrações no sentido sociocultural, concepções do mercado e da interculturalidade, as identidades na globalização e as políticas culturais, a fim de entender como essas narrativas condicionam as práticas, facilitam ou dificultam as alianças.
O principal ponto para o autor, é responder em meio a tantas interações regionais, seja funcionando como defesa, ou como filtro de intercâmbios, a pergunta: Quem são os nossos “outros?”. E assume: “É impossível respondê-la, principalmente pela pressa dos acordos econômicos, sem tempo para reflexões das radicais mudanças simbólicas nas sociedades e nos sistemas que cada não tem de si e das outras...” (García Canclini, Néstor,2007).
Após as análises apresentadas, diz ser evidente que as mudanças geradas pelos fluxos tecnológicos e econômicos não podem ser enfrentados como os velhos discursos identitários, nem com as políticas de multiculturalidade desenvolvidas dentro de cada nação quando estas eram unidades mais autônomas. Indagar quem são os outros que nos interessam ou nos aceitam, são assuntos que tem de revistos em meio aos novos confrontos geopolíticos e geoculturais. E completa: “A multiplicação de investimentos econômicos do Primeiro Mundo e do Terceiro Mundo, presença permanente ou assídua de metropolitanos nas periferias e periféricos nas metrópoles oferecem constantes oportunidades de os imaginários atuarem”.(García Canclini, Néstor,2007).
No quarto capítulo, com o título: Não sabemos como chamar os outros, indaga o multiculturalismo intraduzível, onde todos os homens, sobre a denominação abstrata de cidadãos, imaginam como a globalização os unificará e os tornarão semelhantes. Faz comparações entre os países da América Latina, Estados Unidos e Europa. E cita o Brasil, contrastando-o com casos anteriores, dizendo: “O Brasil apresenta uma sociedade nacional mais disposta à hibridação. Sem negar as desigualdades, seus abismos entre classes e regiões, os antropólogos ressaltam as múltiplas interpenetrações que existem entre os continentes migratórios que formaram esse país”.(García Canclini, Néstor,2007).
Quando a globalização fomenta a interação entre europeus, norte-americanos e latino-americanos, revela-se a escassa compatibilidade entre seus modos de lidar com a diferença.
No final do capítulo, apresenta seu ponto de vista afirmando que para serem democráticas, a cultura política e a política cultural devem não apenas aceitar as diferenças, mas também criar condições para que possa vivê-las na ambigüidade. E por outro lado, saber como chamar os outros é ser capaz de nomeá-los, compreendendo-os e aceitando-os em suas diferenças, nas múltiplas diferenças. Que um dos pontos-chave que definem o caráter – opressivo ou libertador – da globalização é o fato de ela permitir, ou não, a imaginação sobre várias identidades, flexíveis, modulares, por vezes sobrepostas, e ao mesmo tempo criar condições para que se possa imaginar como legítimas e combináveis, não apenas ameaçadoras, as identidades, ou melhor, as culturas do outros. E não saber como chamar os outros é o ponto de partida para atentar para o modo como eles mesmos se nomeiam.

Postado por Aparecida Janiques.
Aluna do Curso de Graduação em Administração à distância da UFJF.


Matéria: Globalização de populares
Nunca houve tantos imigrantes no planeta. O desafio será criar regras para viver em harmonia com eles

Por Thomaz Favaro e Julia Duailibi, de Madri

Revista Veja - 19/03/2008
Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_273809.shtml

A imigração é marcada pela história humana, ocasionada pela diminuição dos custos de transportes e aumento do fluxo das informações causadas pela globalização.
Apresenta-se o relacionamento com os interesses dos países receptores, pelo aumento de investimentos, vêem-se diante da necessidade do aumento e da complementação da força de trabalho, na maioria das vezes, mais barata em relação às do próprio país. Mais relações entre ambos: o grande fluxo de imigrantes,faz com que não condicione tratamento dos outros do mesmo modo em países desenvolvidos sustentado e pleno emprego que daqueles que há décadas padecem de instabilidade econômica, inflação alta e desemprego.
Principal desafio: criação de leis favorecendo àqueles tratados como ilegais, e até que se prove o contrário, já passou por transtornos. Por mais que o inglês consolide como “língua universal”, as diferenças persistem, e a tradução entre as culturas é limitada, principalmente quando receptor se sobrepõe ao outro.

Postado por Aparecida Janiques

ANÁLISE CRÍTICA BASEADA NO LIVRO

Nos capítulos 3 e 4, o autor, Néstor García Canclini, faz algumas análises históricas e antropológicas das mudanças ocorridas, a fim de narrar dados do passado com a situação atual, buscando uma resposta: “Quais são os nossos outros?”, que veio sendo reformulada com a globalização. Fez interações da América Latina entre a Europa e os Estados Unidos, através do desenvolvimento tecnológico, da economia, da cultura e interdependências entre ambos. Mostra como os Estados Unidos se apresenta “superior e controlador” da economia e de muitas decisões de nível importantíssimos. O que o processo da comunicação e dos movimentos imigratórios contribuíram para mudanças pensadas entre os indivíduos do mundo inteiro. O reconhecimento final é o de que não sabemos como chamar os outros.




Postado por Aparecida Janiques

domingo, 21 de setembro de 2008

Análise Crítica da matéria jornalística

O autor da matéria nos traz as palavras do autor Nestor Garcia Canclini em uma palestra na Escola Naval no Rio, onde ele fala da globalização e os problemas enfrentados pelos países em desenvolvimento, principalmente os da América Latina. Canclini, destaca a importância das políticas de educação e do uso dos meios de comunicação como ferramenta essencial para a promoção da globalização como efeito positivo na sociedade, capaz de transformar por suas ações as informações necessárias para a promoção de uma educação que consiga envolver e inserir as pessoas num mundo globalizado. Canclini destaca ainda ainda que cabe as intituições, o papel de cobrança e apoio necessário para que esta globalização aconteça.
Postado por Gilson.

Globalização Imaginada (matéria)



Pela globalização da diversidade
Atração da Cúpula de Mídia, o antropólogo Néstor García Canclini defende uma América Latina múltipla

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2004/04/21/jorcab20040421003.html

Carlos Helí de Almeida
Divulgação
García Canclini durante a palestra de ontem na Escola Naval: democratizar a globalização na América Latina
Um pensador da globalização que vai além da esfera econômica, o antropólogo e cientista político argentino Néstor García Canclini foi a atração da 4ª Cúpula de Mídia para Crianças e Adolescentes, que termina hoje do Rio. Canclini, que causou polêmica ao escrever que as eleições estão sendo substituídas pelas pesquisas de opinião, no livro Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização, veio ao Brasil para participar da mesa Mídia: mercado, audiência e valores, realizada ontem na Escola Naval. O autor de A globalização imaginada (Iluminuras), que já deu aulas na USP e na Universidade de Stanford, hoje vive no México, onde é diretor do Programa sobre Cultura Urbana na Universidade Autônoma Metropolitana. Em entrevista ao JB, Canclini defende uma televisão mais responsável, acredita na reformulação da linguagem das emissoras educativas e prega que a saída para a América Latina é a globalização das diversas identidades do continente.
Postado por Gilson

Globalização Imaginada (resenha)

Garcia Canclini, Néstor
A Globalização Imaginada/Nestor Garcia Canclini - São Paulo: Iluminuras, 2007
Resenha dos Capítulos 01 (Globalizar-se ou defender a identidade: como escapar dessa opção) e 02 (A globalização: objeto cultural não identificado)
Depois de duas décadas em que a globalização foi declarada como destino inevitável da modernidade, começa a estudar-se a variedade de intercâmbios, desencontros e desigualdades que provoca. Não a imaginam do mesmo modo o gerente de uma empresa multinacional, os governantes de países centrais ou periféricos, migrantes multiculturais ou artistas que buscam ampliar sua audiência. Somente alguns poucos plíticos, finacistas e acadêmicos, sutenta Clkanclini, pensam em uma globalização circulação. O resto imagina globalizações tangenciais, como ois que falam o inglês, com nações da própria região ou em acordos de livre comércio para se protegerm da concorrência generalizada. Junto a homogeinidade gerada pela circulação de capitais e bens, emergem as diferenças culturais. Não como resistências ao global.
Postado por Gilson.